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Termo alemão para conto de fadas. Em muitos casos, a presença de fadas é omitida, mas expressão acabou por vingar como tradução nas várias línguas.. Märchen é, desde o século XV, uma forma diminutiva do substantivo, hoje obsoleto, Mär ou Märe, que, no século XIX, ainda significava "mensagem", “novidades”, “história pequena”, "rumor". As primeiras colecções alemãs significativas de contos de fadas são recolhidas na obra Volksmärchen (1797), mas é no dobrar do século que autores como Brentano (1805) e os irmãos Grimm (1812-1815) vão perpetuar o género transformando-o em tradição literária, depois da publicação de Kinder- und Hausmärchen (1812). Outros românticos alemães, como Goethe, Novalis ou E. T. A. Hoffman, haviam já publicado contos alegóricos que entram na subcategoria de Kunstmärchen, ou contos “artísticos”. Os Märchen, muitos de origem escandinava, estão recolhidos na tradição europeia por autores como: Giambattista Basile, Charles Perrault, os irmãos Grimm, e o dinamarquês Hans Christian Andersen. Em Portugal, Adolfo Coelho e Teófilo Braga têm importantes recolhas. No Brasil, Sílvio Romero, Luís da Câmara Cascudo e Monteiro Lobato também se destacaram na recolha de contos de fadas.

{bibliografia}

Adelino Brandão: A Presença dos irmãos Grimm na Literatura Infantil e no Folclore Brasileiro (1995); Nelly Novaes Coelho: O Conto de Fadas (1987); Marie Louise von Franz: A Interpretação dos Contos de Fada (3ª ed., São Paulo, 1990).

http://www.udoklinger.de/Grimm/Einfuehrung.htm

http://www.maerchenlexikon.de/inhalt.htm