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Metodologia científica aplicável ao estudo do texto literário a partir de princípios universais que governam o uso da linguagem, isto é, a partir de todos os elementos que o constituem e que estão relacionados entre si por um sistema único de significação, a que se chama estrutura. Segundo Roland Barthes, trata-se de uma “actividade” que tem um fim específico: “O fim de toda a actividade estruturalista, seja ela reflexiva ou poética, é de reconstituir um ‘objecto’, de maneira a manifestar nesta reconstituição as regras do funcionamento (as ‘funções’) deste objecto.” (“A Actividade Estruturalista”, in O Método Estruturalista, de Luc de Heush et al., Rio de Janeiro, 1967, p.58).

O estruturalismo não é uma corrente exclusiva dos estudos literários: podemos encontrá-lo na psicologia, na sociologia, na antropologia, na filosofia, na psicanálise e na linguística. Na psicologia, a noção de estrutura (Gestalt) aparece no princípio do século XX e Jean Piaget publica em 1968 um livro fundamental nesta área Le Struturalisme; na sociologia, Talcott Parsons, em Structure and Process in Modern Sciences (1960), apresenta-nos uma visão ontológica da estrutura social; na antropologia social, a primeira referência é Lévi-Strauss, cuja Antropologia Estrutural (1958) há-de ser decisiva para o nascimento da teoria estruturalista na literatura; na filosofia, Louis Althusser tentou uma interpretação estrutural da obra de Marx, em Lire le Capital (1965); na psicanálise, os trabalhos de Jacques Lacan partem do pressuposto de que o inconsciente está “estruturado como uma linguagem” (Écrits, 2 vols., 1966-1971); na linguística, os estruturalistas consideram a língua como um sistema de relações ou mais precisamente como um conjunto de sistemas ligados uns aos outros, cujos elementos (fonemas, morfemas, palavras, etc.) não têm nenhum valor independentemente das relações de equivalência e de oposição que os ligam. Estas possibilidades de aplicação do estruturalismo levantam vários problemas, a começar na ligação desta metodologia à linguística. Greimas, que publica em 1966 um dos mais radicais livros programáticos do estruturalismo linguístico, Sémantique structurale , coloca assim a questão mais tarde: “O paradoxo desta linguística não linguística continua: o seu chefe de fila, em França, Claude Lévi-Strausse, não é um linguista e a teoria da linguagem, conhecida pelo nome de estruturalismo, tem aí o seu lugar, reservado, até há pouco, à metodologia dialéctica; nada de estranho, portanto, que na revisão dilacerante de hoje, Saussure seja invocado como um grande filósofo da história (Merleau-Ponty) ou que se considere Marx como o percursor do estruturalismo.” (Du sens, Paris, 1970, p.20).

A história do estruturalismo linguístico tem de começar com os cursos ministrados por Saussure em Genebra, entre 1906 e 1911, que ficaram conhecidos após a publicação, pelos seus alunos, três anos depois da morte do professor, com o título Curso de Linguística Geral (1916). Ao mesmo tempo, mas não de forma relacionada, surge o americano Leonard Bloomfield, que será considerado o pai da linguística estrutural norte-americana (a primeira versão da sua obra teórica – Introduction to the Study of Language (1914) – veio a ser refundida e publicada em versão definitiva em 1933 com o título Language). Por outro lado, devemos considerar também outra obra de referência do estruturalismo linguístico, também nos E.U.A.: Language: An Introduction to the Study of Speech (1921), de Edward Sapir. Estas perspectivas norte-americanas foram decisivas para a sistematização dos estudos sobre linguística estrutural. Z. S. Harris tentou com Methods in Structural Linguistics (1951) encontrar uma descrição coerente de todos os mecanismos de actuação do dos fonemas e dos morfemas. Entre as teorias do Círculo Linguístico de Moscovo (1914-1922) e esta teoria de Harris, assistimos a um esforço no sentido de descrever abstractamente os elementos constitutivos da língua como fonema, morfema, palavra, etc. É necessário esperar pelos primeiros trabalhos do discípulo de Harris, Noam Chomsky, que em 1955 divulga The Logical Structure of Linguistic Theory, para termos uma primeira descrição empírica das regras linguísticas, trazendo agora para o centro da discussão conceitos como o de gramática, regra, nível, transformação, descrição estrutural, etc., quase sempre articulando a especulação linguística com a matemática e a lógica moderna. Contudo, o estruturalismo enquanto teoria literária só é genericamente divulgado nos Estados Unidos quando Jonathan Culler publica Structuralist Poetics (1975), que lhe mereceria um prémio importante atribuído pela Modern Language Association of America. A maior parte das teorias estruturalistas vêm de França e são divulgadas sobretudo no sul da Europa. Por razões que estão por explicar, quer o Reino Unido quer a Alemanha nunca permitiram que o estruturalismo se impusesse no seu espaço nacional. Invocar a tradição pragmatista da Universidade britânica e a tradição especulativa da Universidade alemã pode ajudar a explicar, pelo menos em parte, esta resistência.

Quando falamos ainda hoje em estruturalismo literário, reportamo-nos com rigor ao movimento da nouvelle critique francesa da década de 60. Todorov, Barthes, Genette, Jakobson, Greimas e outros propõem nessa altura uma filosofia diferente das até então praticadas pela crítica tradicional francesa. As abordagens marxistas, existencialistas e psicanalíticas que dominavam então a cena da teoria literária francesa são agora contestadas em nome de uma abordagem imanente, empírica e estrutural do texto literário. O fenómeno é, pois, essencialmente francês e tem como referência mais próxima a Antropologia Estrutural (1958) de Lévi-Strauss e como referências mais distantes, por assim dizer, os marxistas Louis Althusser e Lucien Goldmann e o psicanalista Jacques Lacan. O que os une é a crença no estudo sincrónico de estruturas ou sistemas que produzem o sentido (não no estudo propriamente dito do sentido ou nos mecanismos de interpretação do sentido). Um dos méritos do estruturalismo foi o de tentar sistematizar conceitos literários dispersos e fazer doutrina em disciplinas que não conheciam suporte teórico actulizado. Barthes (Introdução à Análise Estrutural da Narrativa, 1966) foi decisivo neste capítulo, por exemplo, distinguindo três tipos de análise textual: a leitura simples, a crítica literária e a ciência da literatura. Esta última teria a grande missão de criar os modelos de análise do texto literário, que não pode ser considerado como expressão de estruturas e conflitos sociais, históricos, psicológicos, etc. O texto literário contém em si o princípio da sua inteligibilidade. É considerado um sistema coerente de signos linguísticos – sistema que não inclui um critério de verdade ou de reprodução mais ou menos mecânica da realidade –, trazendo-se para a frente da investigação a natureza simbólica do texto, ou, por outras palavras, a sua literariedade, que, como se sabe, foi um dos objectos de estudo do formalismo russo. Esta filosofia pressupõe a existência apriorística de um determinado número de princípios universais que supostamente presidem à natureza literária de todos os textos. Por esta via, Barthes propõe-nos códigos de leitura (na verdade, uma variante terminológica e operacional das funções de Propp), o que significa que um texto já está de alguma forma escrito-lido antes da escrita-leitura, pois que se propõe a existência de uma gramática reguladora de todos os elementos do texto. Este princípio não significa que ao leitor seja coarctada a sua capacidade de intervenção no texto, pelo contrário, Barthes assegura-nos que o texto é polissémico, o que na linguagem estruturalista significa que há um código linguístico que se acrescenta ao código estabelecido. Daqui nasce a língua plural que o texto literário veicula. A pluralidade de sentidos que a obra literária faz nascer é uma prova do seu carácter aberto. A ambiguidade é fundamental para a construção da definição de literariedade, porque, ao contrário da linguagem comum que reduz a polissemia ao contexto em que ocorre, a linguagem literária, que não nos remete para nenhuma situação, empurra para o leitor a responsabilidade total da descodificação do sentido. Assim nasceram algumas das mais divulgadas leituras estruturalistas: as da literatura fantástica (Todorov), as da literatura tradicional (Greimas), as da poesia anglo-saxónica (Jakobson) e as de narrativas bíblicas (Barthes).

Quer Barthes em Critique et verité quer Todorov em “Poétique” (in Qu’est-ce que le structuralism?) procuraram emprestar à teoria da literatura uma forte componente linguística, sob a forma de uma poética, ou um grande sistema metaliterário, que, em última análise, define o que foi o estruturalismo literário. Todorov, por exemplo em Grammaire du Décaméron (1969), tenta fixar as leis de uma gramática geral dos elementos que formam a narrativa, apresentando a poética como ciência da literatura, que inclue formulações do tipo: categorias gramaticais (agente ou nome próprio, adjectivos, funções sintácticas, etc.), aspecto verbal, sintaxe narrativa, etc. Sobre a relação personagem/narração, e seguindo muito de perto as propostas de Pouillon (Temps et roman, 1946), Todorov descreve as perspectivas possíveis: a visão com (quando o narrador sabe tanto quanto a personagem), a visão por detrás (quando o narrador sabe mais do que a personagem) e uma visão de fora (quando o narrador sabe menos – finge saber menos, é mais correcto – do que qualquer das personagens ). As personagens da narrativa também são objecto de estudos sistemáticos. Um dos mais populares é aquele que o lituano A. J. Greimas apresentou, a partir dos modelos de Propp e de Sourieu (Les 200 000 situations dramatiques, 1950). O desenvolvimento da ciência da narratologia deve muito ao empenhamento dos teóricos estruturalistas, em particular Greimas, Genette, Barthes e Todorov, que, no geral, acreditavam que todas as narrativas possuem estruturas comuns, condição necessária para a fundação de qualquer teoria da narrativa. Genette, que reclamava ser o estruturalismo mais do que uma metodologia, para ser uma verdadeira ideologia, no seu Discours narratif (1972), apresenta uma muito divulgada sistematização de alguns conceitos narratológicos, por exemplo, a distinção na narrativa entre (1) récit, a ordem dos acontecimentos do texto, (2) histoire, a sequência na qual esses acontecimentos ocorreram “realmente”, como podemos deduizr do próprio texto e (3) narration, o próprio acto de narrar. As duas primeiras categorias equivalem à distinção clássica dos formalistas entre “trama” e “história”. Genette também teorizou sobre a perspectiva narrativa, apresentando um modelo também muito divulgado: o narrador – seguindo o modelo de Pouillon/Todorov – pode saber mais do que as personagens, menos do que elas, ou estar no mesmo nível; a narração pode ser também focalizada de formas diferentes: “não localizada”, feita por um narrador omnisciente, exterior à acção, ou “focalizada internamente”, feita por uma personagem de uma posição fixa, de várias posições, ou do ponto de vista de várias personagens. Genette utiliza o termo focalização para dizer os diferentes pontos de vista (o termo é uma tradução do inglês focus of narration). Para superar o problema do ponto de vista, Genette quis definir o narrador em relação a duas coisas: a sua situação diante da personagem (colocada não mais em termos de saber, como em Pouillon e e Todorov, mas em termos existenciais) e a sua situação diante da história que conta. Optando, em Figures III, por chamar diegese à história narrada pelo discurso do narrador, e, posteriomente, em Noveau discours du récit, entendendo que é preferível reservar o termo para designar o universo espácio-temporal no qual se desenrola a história.

Para a construção de uma hipotética ciência da literatura, muito contribuíram também os trabalhos de Roman Jakobson, que procurou demonstrar o carácter estrutural da ambiguidade, formulando-a em termos da relação código-mensagem e definindo-a como constituinte fundamental da mensagem poético-literária. O modelo de Jakobson inclui a identificação de seis funções da linguagem: expressiva, referencial, fática, metalinguística, conotativa e poética. Esta última dominará as restantes, porque, nela, a mensagem está voltada para si própria. Jakobson deu-nos ainda outra teoria muito divulgada, sobretudo nos meios escolares secundários, por força da sua aparente simplicidade e operacionalidade: o modelo de comunicação, que envolve necessariamente seis elementos (emissor, receptor, mensagem passada entre eles, um código comum que torna a mensagem inteligível, um contacto ou meio físico de comunicação, e um contexto a que a mensagem se refere). A afirmação da ambiguidade da obra literária introduz na teoria estruturalista da literatura vários pares conceptuais que procedem da linguística geral e que constituem pontos de partida para a formação de uma poética estruturalista: conotação/denotação, significação/sentido, forma/conteúdo, estrutura/forma, sintaxe/semântica, enunciado/enunciação, etc. Todas as ciências que recorrem ao método linguístico utilizam estas dicotomias, desde a psicanálise de Lacan até à antropologia de Lévi-Strauss. O objectivo é alcançar uma formulação de carácter científico, demonstrável por provas irrefutáveis, para a configuração do texto literário. Neste campo, é importante referir os trabalhos de Julia Kristeva, que publica em 1969 um livro fundamental (e dos mais complexos) para a história do estruturalismo (embora muitos aceitem que é mais correcto situar a sua obra numa fase dita “pós-estruturalista”): Séméiotikè, onde concebe o texto como o espaço de um trabalho autógeno que consiste em desarticular a língua natural, baseada na representação, que é substituída por uma multiplicidade de sentidos que o leitor (ou mesmo o autor) pode gerar a partir de uma cadeia aparentemente fixa. Kristeva chama a esse trabalho do texto significância, que, ao contrário da significação, não poderia ser reduzida à comunicação, à representação, à expressão. Kristeva chega a uma dupla articulação fundamental dessa produtividade do texto: a de feno-texto e a de geno-texto, a primeira recobrindo o plano do enunciado concreto, o discurso manifesto, a segunda englobando todos os jogos subjacentes a essa estrutura aparente. Kristeva introduz então a experiência da semanálise na fronteira entre a semiótica (o texto continua a ser um sistema de signos) e a psicanálise (o signo torna-se o lugar das pulsões individuais ou colectivas, que o investem dos seus próprios símbolos). O texto é uma permutação de textos, remete-nos para a intertextualidade, conceito válido ainda hoje amplamente: vários enunciados, tomados a outros textos, cruzam-se formal e/ou conceptualmente. Na sua tentativa de estabelecer uma tipologia dos “textos”, Kristeva introduz o conceito de ideologema, inseparável do conceito de intertexto: a função pela qual a história e a sociedade se lêem na produção do texto. O ideologema funciona à maneira dos topoi (“lugares”) de Aristóteles, como princípios reguladores subjacentes aos discursos sociais a que conferem autoridade e coerência.

A preocupação do estruturalismo com os aspectos linguísticos foi radical e redutora, deixando de fora muitos aspectos importantes e igualmente inscritos do texto literário, tais como a sexualidade, o género, a ideologia, o poder político, as influências culturais, etc., ficando também de fora as questões da literatura como prática social, como forma de produção não necessariamente esgotada pelo próprio produto. O primeiro a discutir a eficiência científica da actividade estruturalista foi Jacques Derrida. Aceita-se hoje sem grande discussão que a conferência que Derrida pronunciou em 1966 na Johns Hopkins University, “La structure, le sign et le jeu dans le discours des sciences humaines”, marca não só o primeiro momento do pós-estruturalismo nos Estados Unidos como o primeiro texto de crítica ao estruturalismo literário e cultural, que claramente aponta um novo caminho e que, por pretender ultrapassar o estruturalismo e por não se ter encontrado melhor termo até à data, se convencionou chamar pós-estruturalismo. A esse ensaio juntaríamos um outro: “Force et signification”, ambos os textos incluídos na colectânea: L’Écriture et la différence (1967). Noutro livro fundamental aparecido no mesmo ano, De la grammatologie, Derrida continua a sua crítica ao estruturalismo observando que, no pensamento ocidental e particularmente no pensamento francês, o discurso dominante continuava a ser o estruturalismo, permanecendo preso da sua estratificação dentro da metafísica, caracterizada pelo logocentrismo. A reclamação de uma textualidade dentro do texto e a crítica da “estruturalidade da estrutura”, isto é, a crença na centralização das estruturas de sentido de um texto, constituem teses que pertencem já a uma nova fase do pensamento (pós-)estruturalista. Fora do contexto francês, os críticos mais visíveis do estruturalismo foram os críticos marxistas. Terry Eagleton, por exemplo, resume assim a sua posição: “Quais as conquistas do estruturalismo? Primeiramente, ele representa uma impiedosa desmistificação da literatura. (…) Numa palavra, o estruturalismo era espantosamente não-histórico: as leis da mente que ele dizia isolar – paralelismos, oposições, inversões, e todo o resto – agiam em um nível de generalidade bastante distante das diferenças concretas da história humana.” (Teoria da Literatura – Uma Introdução, Martins Fontes, São Paulo, 1994, pp.113 e 116).

{bibliografia}

AAVV.: O Método Estruturalista (Rio de Janeiro, 1967); A. J. Greimas et. al.: Communications, 8: “L’Analyse structurale du récit” (1966) ; Sémantique structurale (1966) ; Id. : Essais de sémiotique poétique (1972); C. Lévi-Strauss : Antropologie structurel (1958) ; David Robey (ed.): Structuralism: An Introduction (1973) ; Émile Benveniste: Problèmes de linguistique générale (1966) ; Jacques Ehrmann (ed.): Structuralism (1970) ; J. B. Fages: Para Entender o Estruturalismo (3ª ed., Lisboa, 1976) ; Jean Piaget: Le Structuralisme (1968) ; Jonathan Culler: Structuralist Poetics: Structuralism, Linguistics, and the Study of Literature (1975); John Sturrock: Structuralism and Since (1979); Julia Kristeva: Sèméiotiké: recherches pour une sémanalyse (1969); Id. : La traversée des signes (1975); Id. : Le texte du roman (1976) ; L. C. Lima: Estruturalismo e Teoria da Literatura (1973); Noam Chomsky: Structures syntaxiques (Paris,1957; Syntactic structures, The Hague, Mouton 1972); Id.: The logical structure of linguistic theory (1985); Philip Pettit: The Concept of Structuralism: A Critical Analysis (1975); Robert Scholes: Structuralism in Literature: An Introduction (1974); Roland Barthes: Mythologies (1957) ; Id : Essais critiques (2ª ed., 1964); Id.: Critique et verité  (1966) ; Id. : Roland Barthes par Roland Barthes (1976) ;  Id. : L’analyse structurale du récit (1981) ; Id. : Le grain de la voix: entretiens 1962-1980 (1981) ; Revista Portuguesa de Filosofia, tomo XXXI, fasc. 3 (“Estruturalismo – Filosófico, Biológico, Antroplógico”) (1975); Tempo Brasileiro, 15/16: “Estruturalismo” (1967); Roman Jakobson: Questions de poétique (1973); Id.: Essais de linguistique générale (2 vols., 1974-79); Id.: Linguística e comunicaçao (10ª ed., São Paulo, 1944); Terence Hawkes: Struturalism and Semiotics (1977); Tzvetan Todorov: Qu’est-ce que le structuralisme? (1968) ; Grammaire du Décaméron (1969) ; Poétique de la prose (1971) ; La notion de littérature et autres essais (1987); Les genres du discours (1978);; Critique de la critique (1984).