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Termo proveniente do grego “skêné”, referente à tenda onde os actores trocavam de máscara ou de roupa e que actualmente corresponde ao teatro e aos locais destinados aos actores. Cena provém também do latim scena ou scaena a que correspondem hoje as palavras referentes ao meio teatral (teatro, arte dramática, espectáculo, actor).

No âmbito do teatro, a cena faz parte da estrutura externa de um texto dramático e constitui a divisão de um acto. Um acto tem tantas cenas quantas as entradas e saídas de personagens. Assim, uma mesma cena mantém-se enquanto estiverem presentes, no mesmo local, as mesmas personagens. Pode ainda ser uma subdivisão do acto quando o mesmo já se encontra dividido em quadros. No cinema, a divisão em cenas é um mero suporte para a produção e realização de filmagens.

Em narratologia, a cena corresponde à tentativa de reprodução/imitação de um discurso real e integral por parte das personagens num determinado momento em que o narrador aparenta estar ausente do episódio. O narrador pretende realçar esse mesmo episódio conferindo, para isso, um maior espaço para o desenvolvimento do diálogo entre as personagens. No entanto, esta tentativa de imitação do real é artificial uma vez que o narrador nunca se ausenta totalmente da cena, pois é ele quem controla e organiza a acção.