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Pausa no interior de um verso. Na métrica tradicional, esta pausa era obrigatória, sendo ditada pelo ritmo imposto ao verso. Não deve ser confundida com pausa de leitura, que é variável de leitor para leitor. Os versos curtos (até cinco sílabas) não estão, normalmente, sujeitos a cesura. Nos versos longos, pode ocorrer no princípio (“Cantei; ║ mas se me alguém pergunta quando”, Camões), no meio (“é ferida que dói, ║ e não se sente”, Camões) ou perto do fim do verso (“enquanto não quiserdes vós, ║ Senhora”, Camões). A posição medial é a mais comum. É possível um verso conter mais do que uma cesura (“olhe o céu, ║ olhe a terra, ║ ou olhe o mar”, Sá de Miranda). A cesura é muitas vezes marcada pela pontuação. Se ocorrer após uma sílaba breve ou átona, chama-se cesura feminina; se ocorrer após sílaba longa ou tónica, chama-se cesura masculina.