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Figura de retórica pela qual o orador se interrompe, duvidando do que quer dizer ou simulando dúvida sobre o que está a expressar. Por exemplo, este registo de Mário de Sá-Carneiro, em Céu em Fogo: “Sento-me à minha banca de trabalho. / Vou começar uma obra que há muito tempo medito. / Traço as primeiras linhas. / Ergo-me desiludido. / Não posso admitir as minhas ideias. / Elas parecem-me vulgares. / Não creio na minha obra. Duvido se serei um artista. O outro é que tem razão. / Se eu fosse um artista seria belo. /(…)” (Julho, 26).