Termo alemão para o tipo de conto literário que jovens gerações de escritores depois da Segunda Guerra mundial, incluindo Heinrich Böll, Alfred Andersch e Wolfgang Weyrauch, criaram e desenvolveram, fazendo triunfar o género, também conhecido como rubble literature (“literatura de pequenos fragmentos”). Pela sua maior concisão, a Kurzgeschichte distingue-se da Novelle (que corresponde ao que em português chamamos novela e em inglês long short story), género que dominou no século XIX na literatura alemã. Os seus principais traços são a concentração das acções e a redução do conto ao essencial para a sua narração. Os temas são geralmente tirados do quotidiano, as personagens em pequeno número e o narrador exerce pouca influência sobre o conhecimento profundo dos protagonistas. É frequente o título da Kurzgeschichte encerrar um significado simbólico ou de difícil interpretação, como em uma das primeiras obras de Böll, “Die Botschaft” (1947).
Erna
Neuse:
Der
Erzähler in der deutschen Kurzgeschichte (1994);
Leonie Marx:
Die
deutsche Kurzgeschichte (1985); Ludwig Rohner:
Theorie der Kurzgeschichte (1973); Marcel Reich-Ranicki
(ed.):
Erfundene
Wahrheit.
Deutsche Geschichten 1945 – 60
(1995);
Thomas Di Napoli: “Problems in Defining the German ‘Kurzgeschichte’
“, Studies in Short Fiction, 15 (1978).
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