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Disciplina que busca
estabelecer as normas da versificação tradicional, fixando as regras pelas quais
deve reger-se o verso. Assim,  a medida e o ritmo dos versos são determinados
por um sistema de metrificação ou versificação. A noção de metro pertence
à língua, encarada como sistema, enquanto a noção de verso propriamente dito
pertence ao discurso  poético. O verso, portanto, é o resultado da realização de
um metro. Daí a definição de verso como uma sílaba ou sucessão de sílabas
sujeitas a medida e a ritmo pré-estabelecidos. Por medida, entende-se um
determinado número de sílabas métricas ou poéticas; e, por ritmo, o resultado de
uma  distribuição cadenciada e harmonia de acentos intensivos (também chamados
acentos tónicos) no verso, de tal forma que a sensação rítmica se percebe pelo
retorno da sílaba tónica, após intervalos regulares. A métrica (ou versificação)
estuda, entre outros elementos, a contagem silábica dos versos, dando especial
atenção aos encontros vocálicos intervocabulares; os tipos de verso, em geral de
uma a doze sílabas; o ritmo de cada verso e a variedade rítmica dentro do verso;
a estrofe e sua estruturação; a rima em suas diferentes e determinadas formas;
e  o elenco de poemas de forma fixa.

{bibliografia}

BIB.: Celso Cunha, Língua
e verso
, Rio de Janeiro, 1964: Leodegário A. de Azevedo Filho, A técnica
do verso em português
, Rio de Janeiro, 1971; M. Cavalcânti Proença, Ritmo
e poesia
, Rio de Janeiro, 1955; M. Said Ali, Versificação portuguesa,
Rio de Janeiro, 1948; Mello Nóbrega, Rima e poesia, Rio de Janeiro, 1965;
Murillo Aráujo, A arte do poeta, 2. ed., Rio de Janeiro, 1956.