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Do grego Khiasmus, «cruzamento», é uma figura de estilo que se traduz pela inversão da ordem das palavras (o que poderá conduzir à repetição das mesmas) e de duas frases que se opõem, permitindo não só diversificar o ritmo frásico, bem como levar à obtenção de certos efeitos semânticos, a partir da posição que as palavras ocupam no enunciado: «Pleasure’s a sin, and sometimes sin’s a pleasure.» (Byron). Num enunciado constituído por quatro elementos, dispostos segundo um ritmo binário, para se obter esta figura de retórica, a ordem sintagmática da segunda parte do enunciado, é a inversão dos elementos da primeira parte, segundo a fórmula AB/B’A’: «Treme e freme, freme e treme.» (A.Gedeão). É considerada uma antítese ao inverter-se o paralelismo entre dois grupos de ideias: «Despised, if ugly; if she’s fair, betrayed.» (Mary Leapor).

O quiasmo foi especialmente utilizado na poesia inglesa do século XVIII, mas é igualmente observável na literatura e poesia da antiguidade bem como nos dias de hoje.

{bibliografia}

J. Dubois: Retórica Geral, Carlos Filipe Moisés (trad.) (São Paulo, 1974); Marjorie Boulton: The Anatomy of Prose (1980); Max Nanny: "Chiastic Structures in Literature: Some Forms and Functions", in Udo Fries (ed.): The Structure of Texts (1987)