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Actantes secundários da narração, segundo o modelo estrutural de A. J. Greimas, que os considera participantes circunstanciais da acção e não, a rigor, verdadeiros actantes do espectáculo. Trata-se de definir aquelas entidades auxiliares positivas (Adjuvantes) que facilitam a comunicação entre sujeito e objecto e aquelas entidades negativas (Oponentes) que colocam obstáculos a essa comunicação. Em Sémantique structurale (1966), Greimas distingue assim a função destes actantes: 1.

(Adjuvantes) “Les unes qui consistent `a apporter l’aide en agissant dans le sens du désir, ou en facilitant la communication; 2. (Oponentes) Les autres qui, au contraire, consistent à créer des obstacles, en s’opposant soit à la réalisation du désir, soit à la communication de l’objet.” (p.178). Esta distinção segue os passos do modelo de Propp (vilão vs ajudante), embora Greimas prefira o empréstimo de Adjuvante, categoria introduzida por Guy Michaud “à la rescousse” de Souriau, como comenta Greimas.

Mais tarde, no artigo “Les actantes, les acteurs et les figures”, definirá com mais precisão o estatuto destes actantes: “Les rôles actantiels qui définissent la compétence du sujet peuvent être manifestés soit par le même acteur que le sujet lui-même, soit par des acteurs disjoints. Dans ce dernier cas, l’acteur individualisé sera dénommé, dans son statut d’auxiliant, et suivant qu’il est conforme à la deixis positive ou négative, tantôt adjuvant, tantôt opposant.” (Sémiotique narrative et textuelle, Librarie Laurosse, Paris, 1973, p.167).

 

Bibliografia:

 

A. Hénault: Narratologie: Sémiotique générale (1983); A. Greimas: Sémantique structurale, (1966); C. Chabrol (ed.): Sémiotique narrative et textuelle (1974); J. Courtés: Introduction à la sémiotique narrative et discursive (1976); O. Ducrot et al.: Qu’est-ce que le structuralisme? (1968);  Terence Hawkes: Structuralism and Semiotics (1977).