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Acrónimo formado pela abreviatura de agitação e propaganda, geralmente aplicado à campanha de propaganda político-cultural realizada na Rússia, depois da Revolução de 1917. Concretamente, o Partido Comunista Soviético criou em 1920 um Departamento de Agitação e Propaganda, que era parte do Secretariado do Comité Central, que tinha por missão usar a arte como uma arma revolucionária num País degradado pela guerra e marcado pela iliteracia.

O termo também é aplicável ao tipo de teatro didáctico a que essa campanha recorreu, que por exemplo terá influenciado alguns autores alemães como o dramaturgo Brecht e o produtor Piscator (na Alemanha, esta influência durou apenas até à ditadura nazi, que a silenciou), em resultado da expansão cultural do comunismo soviético nos países de Leste. Pelas suas pretensões populistas, o drama agitprop era visto como uma vacina contra o drama burguês.

A partir da década de 60, todo o teatro que tende a sobrepor a ideologia à sua representação estética acaba por ser conotado com a doutrina agitprop.

 

Bibliografia:

 

Albert E. Gurgabus: The Art of Revolution: Kurt Eisner’s Agitprop (1986); Eckhard Breitinger: “Agitprop for a Better World: Development Theatre: A Political Grassroots Theatre Movement”, in Raoul Granqvist (ed.): Signs & Signals: Popular Culture in Africa (1990); Gudrun Klatt: Arbeitrklasse und Theater: Agitprop Tradition, Theater im Exil, Sozialistisches Theater (1975); Heliane Kohler: “Quelques traits specifiques de l’agit-prop: discours politique et theatral”, in Mélanges offerts a Jean Peytard, 2 vols. (1993); Jon Clark: “Agitprop and Unity Theatre: Socialist Theatre in the Thirties”, in Jon Clark et al.: Culture and Crisis in Britain in the Thirties (1979).