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Método crítico de interpretação alegórica dos textos. Este método foi frequentemente praticado na exegese bíblica, pelo menos até à Idade Média, podendo, no entanto, o termo aplicar-se a qualquer interpretação textual que se concentre na alegoria. G. P. Caprettini considera que a alegorese “consiste em desvendar e pôr em evidência as relações subjacentes que encontram o seu suporte último na própria ordem do mundo que funda a linguagem, de tal modo que o intellegere, o compreender, consista no intus legere, no ler dentro, ou seja, numa operação de descodificação praticada a partir da leitura de uma primeira realidade imanente, que é a linguística.” (“Alegoria”, in Enciclopédia, Einaudi, IN-CM, Lisboa, 1994, p.251).

 

Bibliografia:

 

Hans-Georg Kemper: “Allegorische Allegorese: Zur Bildlichkeit und Struktur mystischer Literatur (Mechthild von Magdeburg und Angelus Silesius)” e Wolfgang Haubrichs: “Offenbarung und Allegorese: Formen und Funktionen von Vision und Traum in fruhen Legenden”, , in Walter Haug (ed.): Formen und Funktionen der Allegorie (1979); Hans-Josef Klauck: Allegorie und Allegorese in synoptischen Gleichnistexten (1978); J. Stephen Russell (ed.): Allegoresis: The Craft of Allegory in Medieval Literature (1988); P. Zumthor: Essai de poétique médiévale (1972) e Langue, texte, énigme (1975); Reinhold R. Grimm: “Von der explikativen zur poetischen Allegorese”, in Manfred Fuhrman et al. (eds.): Text und Applikation: Theologie, Jurisprudenz und Literaturwissenschaft im hermeneutischen Gesprach (1981).