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No sentido comum do termo, um arquivo é um depósito de documentos, ordenados de acordo com determinados critérios; de acordo com a teoria cultural de Michel Foucault, o arquivo é o nível da linguagem que fica entre a língua como sistema de signos que nos permite construir um discurso e o corpus de todos discursos pronunciados. Trata-se do sistema geral de formação e transformação dos discursos, como nos afirma Foucault em Archéologie du savoir, sistema que podemos encontrar num dado período e numa sociedade em particular. No arquivo, estão guardados aqueles discursos que não mais nos pertencem e que, pela análise (arqueologia, no léxico de Foucault) é possível recuperar para a nossa verdadeira memória cultural.

 

Bibliografia:

 

AAVV: Traverses, nº36 (“L’Archive”) (1986); Gilles Deleuze: Foucault (2ªed., Lisboa, 1998); Jacques Derrida: Mal d’archive (1995); José Bragança de Miranda: “A virtualização do arquivo”, Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, nº9 (1996); J. G. Merquior: Foucault (1985); Michel Foucault: Archéologie du savoir (1969).