Select Page
A B C D É F G H Í J K L M N O P Q R S T Ü V W Z

Termo que designa o ridículo de um texto que falha numa pretendida expressão apaixonada, elevada ou sublime. Difere do termo anti-clímax, que corresponde a voluntário efeito poético positivo. Derivada do Grego para ‘profundidade’, a palavra bathos foi cunhada por Alexander Pope no tratado crítico burlesco Peri Bathous, or: The Art of Sinking in Poetry (1727). Mesmo excelentes poetas são, por vezes, citados para ilustrar o batético, em passagens malogradas na preocupação de elevar tópicos nem sempre ou não particularmente sublimes. É conhecida a exemplificação de bathos por Pope nas linhas de uma composição contemporânea: ‘Ye Gods! Annihilate but Space and Time, / And make two lovers happy!’ (Oh deuses! Se necessário, Espaço e Tempo aniquilai, / Mas duas pessoas que se amam felizes fazei!’).

{bibliografia}

Wyndham Lewis e C. Lee (eds.) The Stuffed Owl [antologia do batético em verso] (1930, ed. rev., 1948).