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Termo inglês significando literalmente “(aquele que está) suspenso dum penhasco”. Na gíria literária, constitui um exemplo do caso em que dado processo muito relevante em certa modalidade de discurso vem a conferir uma designação pseudo-genológica aos textos que a ele recorrem. Efectivamente, emprega-se para referir uma narrativa (em regra, de acção trepidante), na qual, a terminar cada capítulo, tem início (ou surge a iminência de) um confronto, uma revelação ou qualquer outro acontecimento decisivo para o desenrolar da história, cujo desfecho apenas é dado a conhecer no episódio seguinte. Trata-se de um artifício com larga aplicação até décadas recentes em várias classes de narrativas apresentadas em folhetim ou em fascículos, sobretudo as de terror, de espionagem e de aventuras, assim como o romance gótico ou o policial. Visa, por outro lado, provocar ou intensificar uma sensação de suspense no leitor, levando-o a procurar avidamente a sequência da intriga e, em muitos casos, a adquirir novo número da mesma publicação.