Índice alfabético de todas as palavras relevantes de uma dada obra literária, com o registo das páginas e dos textos exactos onde ocorrem. As concordâncias da Bíblia e das obras completas de autores universais como Shakespeare tornaram-se bastante populares. Com o aparecimento dos computadores e o desenvolvimento das tecnologias multimédia, as concordâncias podem combinar-se com outras possibilidades de busca, associando texto a iconografias, áudio e vídeo, num mesmo CD-ROM. Com a possibilidade de consulta de hipertextos, que podem suportar toda a obra de um autor, combinável com múltiplas informações, apoiadas por diferentes motores de busca, as concordâncias em suporte tradicional de livro tenderão a desaparecer ou a perder interesse. Na Internet, é possível consultar já algumas concordâncias, da Bíblia a obras de escritores ingleses em particular (cf. ligações).
Em língua portuguesa não existe ainda uma tradição de concordâncias. Podemos destacar a concordância de Os Lusíadas, sob o título Índice Analítico do Vocabulário de «Os Lusíadas», organizada por António Geraldo da Cunha (Presença, Rio de Janeiro, 1980), e a concordância da Mensagem, de Fernando Pessoa, preparada por António Cirurgião, que faz um inventário completo de todos os vocábulos do livro, incluindo os sinais de pontuação.
John Sinclair: Corpus, Concordance, Collocation (1991).
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