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Forma de lírica coral popularizada na Grécia arcaica, de inspiração dionisíaca, e própria de ocasiões festivas. O ditirambo precede as comédias e as tragédias gregas. Poetas como Píndaro tornaram-se especialistas neste tipo de lírica. O mais antigo local de espectáculos de Atenas, o teatro de Dionysos Eleuthereus, situado na Acrópole, foi durante muito tempo o local onde se dançava e cantava os ditirambos (que era, aliás, um dos cognomes de Dioniso). Inicialmente, atribui-se a Árion o termo ditirambo para o canto dionisíaco, versificado e entoado por sátiros. O tirano Pisístrato (560-527 a.C.) elevou a devoção a Dioniso a culto oficial de Atenas, adoptando as inovações de Árion e convidando Téspis, originário da ilha de Lesbos, para organizar as festas das Dionisíacas Urbanas. Por volta de 530, celebra-se pela primeira vez esse festival, sendo Téspis o seu principal animador, fazendo representar um poema que consistia num diálogo entre um actor (hypocrites, “aquele que responde”) e um coro, evocando uma lenda, como é habitual no texto do ditirambo. Téspis introduz ainda o costume de mascarar os actores e é este o aspecto que ainda aproxima o teatro antigo com os rituais dionisíacos. Alguns poetas modernos tentaram imitar o ditirambo antigo, por exemplo, o poema Alexander’s Feast (1697), de Dryden, segue o padrão grego.

Bibliografia:

A. W. Pickard: Dithyramb, Tragedy and Comedy (2ªed., 1962); M. J. H. van der Weiden: The Dithyrambs of Pindar: Introduction, Text, and Commentary (1991).