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Termo de origem grega (skólion), que designa uma pequena canção que os comensais gregos costumavam entoar. Foi praticado por Alceu e Píndaro. Veio depois a significar as anotações explicativas ou interpretativas no final de um texto literário, que serviam para esclarecer dúvidas gramaticais ou literárias dos autores clássicos gregos. Destes comentários destinados a tornar em inteligíveis os autores clássicos, temos por exemplo registos de Apolónio e Longino, que fizeram escólios da obra de Homero e de Aristófanes e Aristarco que anotaram Píndaro. Foi também graças ao escoliasta Porfirião que soubemos que Horácio se serviu de uma obra de Neoptólemo de Pário para escrever a sua Arte Poética. Os escólios deviam ser curtos, objectivos e novos, o que nem sempre aconteceu, porque também se verificou uma múltipla actividade escoliástica espúria. Distingue-se o escólio do glossário, porque este explica apenas palavras isoladas e difíceis, ao passo que os escólios estão obrigados a esclarecer todo o texto. Distingue-se também do comentário (v.), porque evita as digressões e é mais breve. A prática antiga dos escólios estendeu-se depois para a exegese bíblica.