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Termo inglês (literalmente significa “acontecimento”) para uma representação teatral feita de improviso ou em tom informal, sem obediência a um guião previamente definido e apelando muitas vezes à participação activa do público. Os ingredientes suplementares do happening podem incluir todo o tipo de artifícios, desde a pintura, a música, o cinema, a dança, a luminotécnica, sons diversos, etc., numa mistura envolvente. O espaço da representação é também informal: um café, uma pequena sala, um hall, ou mesmo na rua. A improvisação também pode ser estruturada e seguir algumas regras de actuação, como se pode verificar na proposta do Staircase Cafe Theatre (cf. http://www.staircase.org/structures/).

O termo foi inicialmente utilizado pelo pintor Allan Kaprow, em 1958, para se referir à sua própria obra improvisada, e a sua aplicação estendeu-se a outros campos como a música (John Cage), a pop-art (Andy Warhol) e a poesia (Dick Higgins), porém podemos recuar até à Comedia del Arte italiana ou commedia all improviso, para encontrar representações semelhantes na forma e no objectivo. Não é descabido aproximar este tipo de experiência às improvisações feitas na pintura em estéticas como o surrealismo ou o dadaísmo. O país que acolheu com maior destaque este tipo de representação foi os Estados Unidos, que viu nascer algumas companhias que ganharam celebridade por estes espectáculos: The Living Theatre, Open Theatre, Bread and Puppet, etc.

{bibliografia}


Révue d’Histoire du Theatre
, 20 (1968) (Número temático
dedicado ao happening.)


http://www.sffringe.org/twork.html