O termo book-in-a-box (ou novel-in-a-box), como o próprio termo o diz, no seu sentido mais lato, é um livro numa caixa. Este termo foi cunhado por B. S. Johnson com o seu romance experimentalista The Unfortunates (1969), onde construiu um romance através de um conceito diferente: Johnson escolheu apresentar ao mundo o seu romance através de pequenos capítulos soltos, exceptuando o primeiro e o último, oferecendo ao leitor a possibilidade de modificar e moldar o desenrolar da história à sua escolha – mesmo tendo em conta que os capítulos são short stories –, mas seja qual for a escolha de ordem do leitor, o final é sempre o mesmo e não carece de sentido.
Contudo, o que interessa é o formato inovador perpetuado como oposição ao realismo (HEAD 2002: 225), levando o acto de escrita de um romance a uma forma totalmente inovadora e que, através desta forma experimental, pode atrair leitores e deixa-los tomar as suas próprias decisões de progresso do romance, sem quaisquer orientações de leitura e/ou interpretação por parte do autor.
Head, Dominic. The Cambridge Introduction to Modern British Fiction, 1950-2000. Londres: Cambridge University Press, 2002; Johnson, B. S. The Unfortunates. Londres: New Directions Books, 2008 (1969); Smith, Alphonso C. “The Novel in America”, em The Sewanee Review, Vol. 12, No. 2. Versão digital, Nova Iorque: The Johns Hopkins University Press, 1904. Pp. 158-166.
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