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Texto de veneração, respeito, ou cortesia dedicado a um ente querido ou por quem se tem dívida de gratidão. É sinónimo de Festschrift, preito, tributo, louvor, laurel e panegírico, nomes que podem facilmente substituir o termo. Trata-se um género com inúmeros testemunhos em praticamente todas as literaturas de todas as épocas, desde os tempos dos primeiros poetas gregos conhecidos que homenageavam os heróis e os deuses mais queridos em odes e hinos cheios de entusiasmo e optimismo, até aos dias de hoje quando um poeta, na situação mais comum, pretende distinguir um seu companheiro de armas, um amigo ou familiar perdido, um artista admirado, etc., escrevendo um texto que muitas vezes intitula, precisamente, “Homenagem”. Sophia de Mello Breyner Andresen escreveu um conjunto de sete poemas curtos a que chamou “Homenagem a Ricardo Reis” (in Dual, 1972). De notar que não é necessário que o nome do homenageado esteja inscrito no texto de homenagem. Na poesia moderna, essa identificação tende a ser apenas implícita ou simulada. De uma forma mais universal, um escritor pode querer homenagear a própria literatura como o fez a poetisa Fiama Hasse Pais Brandão em Homenagem à Literatura (1976).

O termo também se aplica em muitas outras situações, sendo vulgar reunir um conjunto de ensaios dedicados em homenagem a um académico ou a um escritor falecidos recentemente, por exemplo.