Expressão inglesa divulgada a partir do século XVI para expressões de carácter erudito que o falante comum desconhecia. Na Renascença inglesa, os inkhornistas eram defensores da tradição clássica, por isso propuseram a introdução de latinismos e helenismos na língua padrão inglesa. Inkhorn era o nome do recipiente onde se guardava a tinta utilizada para escrever. Quando o termo se tornou obsoleto, passou a falar-se de inkpot term para tais expressões rebuscadas. À época, Thomas Wilson criticou este uso erudito da seguinte forma: “Among all other lessons this should first be learned, that wee never affect any straunge ynkehorne termes, but to speake as is commonly received: neither seeking to be over fine or yet living over-carelesse, using our speeche as most men doe, and ordering our wittes as the fewest have done. Some seeke so far for outlandish English, that they forget altogether their mothers language. And I dare sweare this, if some of their mothers were alive, thei were not able to tell what they say: and yet these fine English clerkes will say, they speake in their mother tongue, if a man should charge them for counterfeiting the Kings English.” (Arte of Rhetorique, 1553). Muitos termos desta natureza nunca chegaram até nós (anacephalize, “recapitular”; eximious, “excelente”; ingent, “enorme, muito grande”, por exemplo), mas muitos outros, latinismos em particular, sobreviveram ao uso mais ou menos erudito (absurdity, emphasis, encyclopaedia, idiosyncrasy, system, virus, etc.). Pode-se aplicar a expressão inkhorn term para qualquer uso fechado da língua ou para palavras apenas legíveis num grupo de indivíduos muito instruídos num determinado saber.
Alvin Vos: “Humanistic Standards of Diction in the Inkhorn Controversy”, Studies in Philology, 73 (1976); E. L. McAdam, Jr. : “Inkhorn Words before Dr. Johnson”, in W. H. Bond (ed.), Eighteenth Century Studies in Honor of Donald F. Hyde (1970).
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