Termo sugerido por A. Reyes, na sua obra La experiencia literaria (1942), a partir de uma estrofe do escritor cubano Mariano Brull, para designar as composições de nonsense, como este exemplo:
Filiflama alabe cundre
ala olalúnea alífera
alveola jitanjáfora
iris salumba salifera.
Olivia oleo olorife
alalai cánfora sandra
miligítara girófara
zunbra ulalindre calandra.
Estas composições não têm um significado controlado nem premeditado, mas apenas se concentram nos efeitos sonoros ou musicais que é possível extrair da poesia. Os poetas dadaístas primeiro, e os surrealistas e os concretistas depois, por exemplo, utilizaram muitas vezes este tipo de técnica para construir composições que resultam apenas pela força que é concedida ao significante, inventado ou reinventado, construído ou desconstruído. Não se confunde com a onomatopeia, porque esta imita sons reais e carece da inventividade própria da jitanjáfora.
Javier de Navascues Martin: “Hacia una estilistica de la jitanjafora”, Revista de Literatura, 53:106 (Madrid, 1991); Luis Javier Eguren Gutierrez: “Las jitanjaforas y la creatividad reglada del sistema “,Revista de Literatura, 49:98 (Madrid, 1987).
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