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Gustave Lanson (1857-1934), autor de uma obra de referência para a sua época, Histoire de la littérature française (1894), desenvolveu um tipo de crítica literária positivista dominada pela descrição de factos históricos relacionados com a vida dos autores, pelo relato da história local e dos ambientes sociais em que os autores viveram, tudo confluindo para um estudo de influências que havia de determinar o perfil literário de um escritor. A essa metolodogia crítica deu-se o nome de lansonismo. Todos os mecanismos de interpretação e compreensão da obra de arte literária se fundavam na pesquisa de dados pessoais sobre os autores, pormenores das suas vidas, condições de produção das obras, leituras realizadas e que convívio com outros escritores contemporâneos. A este tipo de prática literária, base de trabalho da Histoire de la littérature française e dos vários estudos que Lanson realizou sobre Bossuet, Boileau, Corneille e Voltaire, deu-se o nome de lansonismo. O método exige uma pesquisa bibliográfica aturada para determinar as influências de um dado autor, algo que Lanson também quis sistematizar com o seu Manuel bibliographique de la littérature française moderne (1909-1914).