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Do grego prólogos ( o que de diz antes), constitui, na tragédia grega, a parte anterior à entrada do coro e da orquestra, e na qual se enuncia o assunto da peça.

Esta espécie de introdução tornou-se uma prática comum nas peças dos séculos XVII e XVIII, sendo por norma escrita em verso. Neste espaço preliminar ao da representação, e pela voz de um dos actores que integram o elenco da peça, o dramaturgo dirige-se ao seu público, a proveitando para tecer comentários satíricos, convocar a indulgência dos espectadores, ou especular sobre os temas da própria peça.

A familiaridade implícita nesta interpelação decorre do facto de o dramaturgo se identificar, quer social quer ideologicamente, com o tipo de público que frequenta os teatros. Tal identificação é especialmente notória no período da Restauração em Inglaterra (últimas décadas do séc. XVII), quando a homogeneidade do público, constituído quase exclusivamente por aristocratas, se conjuga com a inserção do próprio dramaturgo no mesmo estrato social.

Aparece por vezes também a anteceder o discurso romanesco e outras formas de narrativa, sendo disso exemplo o famoso Prólogo dos Canterbury Tales de Chaucer.

Bibliografia:

Aristóteles, Poética, 1964; James Winson, Restoration and Eighteenth Century drama, 1980.