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Sala dos mosteiros onde se copiaram e iluminaram, ao longo da Idade Média, os livros manuscritos (códices). Dada a funcionalidade do livro nos meios monásticos, surgiu naturalmente esta necessidade de, no próprio espaço do mosteiro, se copiarem os textos destinados à respectiva biblioteca. Pelos fundos hoje conservados, é possível saber o que se copiava em cada scriptorium (sobretudo textos orientados para a lectio monástica, mas também outros textos religiosos, quer teológicos quer devocionais, e mesmo textos técnicos, por exemplo de medicina e matemática, como acontecia em Santa Cruz de Coimbra). A metodologia de trabalho dos monges copistas variou consoante a época e a ordem religiosa a que pertenciam: se a cópia era uma de entre muitas obrigações a serem cumpridas, então muitas mãos ficaram alternadas nos códices; se a cópia era um trabalho exclusivo, atribuído a um corpo restrito de monges, poucas ou nenhumas mãos se rendiam na cópia de cada livro. A vigilância e responsabilidade última do scriptorium era confiada a um princeps que distribuía, coligia e corrigia as cópias dos amanuenses, e preparava os cadernos já escritos para ulterior encadernação.

{bibliografia}

Jean Dufour: “Comment on fabriquait les manuscrits”, Dossier d’Archéologie, 14 (1976); Aires Augusto Nascimento: “Códice”, Giulia Lanciani e Giuseppe Tavani (orgs.): Dicionário da Literatura Medieval Galega e Portuguesa (1993).