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Termo do grego epigon (“nascido depois”; o antónimo diz-se prógono) normalmente utilizado pela crítica alemã para designar aqueles escritores cuja obra é considerada uma continuação dos seus predecessores, de quem nunca conseguem verdadeiramente libertar-se. À literatura produzida por estes escritores chama-se, em alemão, Epigonendichtung, que pressupõe também que os predecessores sejam genialmente criativos ao ponto de os que deles descendem serem meros imitadores. Originalmente, epigon foi o termo utilizado por Ésquilo para se referir aos sete heróis que vingaram os seus pais mortos em Tebas. A vulgarização do termo na crítica alemã deve-se sobretudo à publicação de Die Epigonen (1836), de Karl Immermann, cujo principal tema é “a má sorte de ter nascido depois”. A teoria poética de Harold Bloom (The Anxiety of Influence, 1973) parte do mesmo princípio.