Das várias definições de redundância contidas em um dicionário aquela que é reconhecida pelo senso comum se refere a excesso, repetição excessiva ou pleonasmo. Redundância pode ser entendida como a probabilidade de ocorrência de uma informação, ou seja, quanto mais provável a informação, mais redundante ela é. Por exemplo: Paris localiza-se na França, é uma frase 100% redundante. Uma frase sem redundâncias é: Paris localiza-se no Brasil (efetivamente existe uma cidade brasileira chamada Paris).
Do ponto de vista da Teoria da Informação a redundância é repetição de informações, cuja função é a de proteger as mensagens de qualquer sistema de comunicação contra possíveis falhas. A redundância está presente tanto na interação cotidiana de duas pessoas, quanto na transmissão de dados de telecomunicações. Seu conceito está presente nos mais variados sistemas que necessitam de proteção contra falhas seja um hospital, um satélite ou um automóvel.
A redundância está associada à economia da informação, isto é, quanto menos redundante mais econômica será a mensagem. Assim, quanto menos dados forem transmitidos entre maquinas (computadores, satélites) mais banda de transmissão pode ser usada e mais informação pode circular. No entanto, para a comunicação (interpessoal ou difusão) a economia não importa, pois o importante é o entendimento das mensagens. Esta economia também está associada ao risco apresentado pelo sistema, por exemplo: um automóvel possui apenas um conjunto de equipamentos para manter seu funcionamento, pois qualquer pane apresenta um risco mínimo de acidente; ao contrário, um avião possui dois conjuntos de equipamentos com as mesmas funções para mantê-lo funcionando.
Na comunicação cotidiana encontramos redundância no ato de unir gestos e fala. Na própria linguagem, por exemplo: quando dizemos “nós estamos aqui”, poderíamos apenas falar “estamos aqui”. Na fala ou escrita quando se quer enfatizar uma ideia: “muuuuito longe”.
Isaac Epstein: Teoria da Informação (1988).
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